Banheiro ou Enterro?

Não deveria achar essa história engraçada, mas vocês concordarão comigo que é. Minha mãe me contou essa história quando ainda era jovem e ela não gostava quando eu ria.

Quando meu tio faleceu, minha mãe teve que viajar daqui de Salvador para Cachoeira, foi com a prima que também iria para o enterro. Estava tudo certo, elas chegaram na rodoviária, pegaram o ônibus e seguiram viagem. Mas o engraçado ainda está por vir. Na parada que o ônibus dava para as pessoas irem ao banheiro e fazerem uma "boquinha", minha mãe e sua prima não quiseram descer do ônibus até então.

Passado algum tempo, minha mãe olhou para fora e viu que as pessoas ainda estavam lá fora, então decidiu ir ao banheiro. Sua prima a seguiu e lá foram as duas. Minha mãe usou e em seguida a prima, mas quando as duas voltaram ao lugar onde se encontrava o ônibus, tinha algo de diferente: cadê o ônibus? Elas entraram em desespero, o ônibus que as levaria para o enterro que começaria em breve partira! As duas prontamente ligaram para os parentes que depois de algumas horas conseguiram um carro para ir buscá-las.

Bem, elas perderam o enterro e minha mãe nunca se perdoou por aquela incontrolável vontade de mijar que bateu.

Passageira: Raquel de Medeiros

"Já gozou?"

Primeiramente gostaria de agradecer às pessoas que enviaram contos, em breve todos eles estarão por aqui!

Agora fiquem com o 1º conto da nossa jornada, espero que se divirtam.


Todo dia pego ônibus lotado para ir ao trabalho, não tem jeito e nem adianta acordar mais cedo (o que não faria de jeito nenhum). Entro naquela lata de sardinha desumana e me espremo até encontrar um local onde, ao menos, consiga agarrar na barra de metal com uma das mãos. Conseguindo isso tento fazer com que alguém segure minha bolsa, mas nesse dia a desgraçada da mulher que estava sentada nem olhou para minha cara! Bom, já estava estressada, sendo que isso era só o início.

Naquele apertamento, veio um homem e ficou se roçando atrás de mim. Encostou uma, duas, três vezes com aquele volume, até que olhei para trás com aquela cara feia. O pior que ele não parou, havia espaço onde ele estava para se encostar, mas não, ele decidiu ficar atrás de mim. Aaaaah! Mas me subiu uma coisa na cabeça e eu que já sou muito calminha virei pra trás, olhei pra ele e disse: "Meu filho, você já gozou? Porque se não gozou, goze logo que meu ponto é o próximo!". Pra quê? Todo mundo virou para olhar e rir da cara dele, e ele tratou logo de se afastar de mim. Agora todo dia que a gente pega o mesmo ônibus ele procura um lugar a uns dois metros de distância de mim. Eu prefiro assim!

Passageira: Carla ******** (Preferiu não ter o sobrenome divulgado)

Seja bem-vindo! E saiba como participar

O blog Contos de Buzú é um blog colaborativo onde todos podem participar, basta escrever contando, de forma simples, alguma história interessante que você já vivenciou dentro de um ônibus. Pode ser sobre qualquer fato que você julgar interessante. Depois, basta enviar o texto para o e-mail do blog e logo postarei. Se não quiser se identificar não tem probelma, apenas especifique no e-mail que não quer ter o nome divulgado.

E nem adianta dizer que não tem alguma história, pois todos nós, usuários de transporte público, já presenciamos alguma cena engraçada ou, no mínimo, embaraçosa dentro do famoso buzú. Até mesmo aqueles que não usam frequentemente, alguma vez precisaram usar.

Então, vamos lá! É simples e o blog necessita de colaborações para existir.

Como fazer

1 - Escreva, do modo que achar melhor, sobre a sua experiência;
2 - Envie para o e-mail: contosdebuzu@gmail.com;
3 - Teremos o máximo de um conto postado por dia, ou seja, o seu deverá esperar por ordem de envio;
4 - Todos receberão uma resposta de participação com uma previsão de quando seu texto sairá.

Regras

Não contamos com regras, é por isso que é fácil participar. Só peço cautela ao citar nomes de pessoas e outros detalhes que seu senso detectará. Quanto ao uso de linguagem para maiores de 18 anos, TÁ LIBERADO!

Conto com seu conto!

*Maurício Lídio (o motorista desse buzú desgovernado).

Buzú em obras